Guarda-redes
Antes de se tornar no treinador de valor
reconhecido no Baixo-Alentejo,onde já foi
Campeão Distrital por duas vezes,Carlos
Simão foi um guarda-redes de carreira não
muito longa mas que o levou a representar
clubes de norte a sul do país.
Começando nos juvenis do Despertar de
Beja,um clube com tradição nas camadas
jovens.
Carlos Simão jogou depois no Serpa e no Cuba
antes de voltar ao Desportivo em 1981/1982.
No fim da época,saiu do Desportivo de Beja,
clube que na altura se encontrava no
Distrital,rumo ao Ginásio de Alcobaça,que
tinha sido promovido á 1ª Divisão Nacional.
Ai,teve a companhia do seu irmão mais velho,
José Romão,mas não teria muitas oportunidades
de jogar visto que tinha á sua frente dois
guardiões,Domingos e Jorge,com mais experiência
de escalões superiores.
Carlos Simão foi mais utilizado nos Nazarenos
e no Fafe mas preferiu voltar ao Alentejo
para alinhar no modesto Santa Vitória de
Beja.
Representou ainda o Ferreirense,onde foi suplente
do "histórico" Manuel Maria,voltou ao Desportivo
e veio a terminar a carreira de jogador no
Sobralense.
Como técnico,Carlos Simão já passou pelo Santa
Vitória (ainda no ativo como jogador)Ervidel,
Sporting de Cuba,Sporting Ferreirense,Desportivo
de Beja,Castrense,Serpa,Aldenovense,Ourique,Neves,
Cabeça Gorda e Aljustrelense.
Carlos Simão,o 2º da direita,na fila do meio,no Desportivo de Beja em 1978/1979 |
Carlos Simão,o 5º em cima,da esquerda,no Alcobaça
em 1982/1983 na 1ª Divisão na companhia do seu irmão
José Romão,o 1º em cima,da esquerda
|
Carlos Simão,o 2º em cima,da esquerda,no Nazarenos |
Carlos Simão em acção no Sporting de Cuba |
O homem que acaba de somar o campeonato e a Taça do Distrito de Beja ao currículo não alinha em secretismos para justificar o seu sucesso. Para Carlos Simão, “mais do que a táctica, a técnica ou o talento, o factor mais importante do futebol é a inteligência”. E no ambiente das tácticas e das motivações, destacam-se três virtudes essenciais: “magia, criatividade e imaginação”.
Guiado por esta filosofia, Simão é hoje um dos mais cotados técnicos da região e já soma dois títulos distritais: um no FC Serpa e outro no Castrense. A isso se juntam taças e outras distinções, numa carreira nem sempre fácil, que já o levou aos principais emblemas do Baixo Alentejo.
Tudo começou em 1987 no Santa Vitória, pequeno clube do concelho de Beja que conseguiu impulsionar para o “Distritalão”. Ervidel, Cuba, Ferreira, Aljustrel, Serpa e Castro Verde já acolheram o seu trabalho, mas foi em Beja que teve a grande oportunidade de dar o salto. Depois de nas jornadas iniciais ajudar José Torres, na II Liga de 96/97, acabou por assumir o comando da equipa e deu provas de competência. Mas as incompatibilidades com o presidente, José António Chalaça, não permitiram grande sucesso. “Os jogadores protestaram a minha saída mas não havia relação entre mim e o presidente”, recorda.
Apesar da polémica, Penafiel e Famalicão piscaram-lhe o olho para uma carreira nacional, mas ficar perto da filha num momento complicado “soou muito mais alto”.
Hoje, Carlos Simão é um homem tranquilo. A caminho dos 49 anos, recorda os tempos felizes de uma “infância com dificuldades” no Bairro da Apariça, onde vivia com os pais e dois irmãos, António Simão e José Romão. “A maior riqueza foi a educação que tivemos”, garante.
Essa era a época de Eusébio e, nas “peladas” da sua rua, Carlos Simão mostrava alguma tendência para ser guarda-redes. Carvalho, Costa Pereira e José Henriques eram os seus ídolos e, por isso, tentava imitá-los. Hoje, curiosamente, garante não ter para destacar “um modelo de treinador”. E prefere seguir as suas ideias e dedicar-se aos treinos e aos jogos “como se fossem os primeiros” da sua vida.
Com uma filosofia muito própria, Simão defende que o treinador “é sempre um homem só que, além de ser um gestor de recursos humanos, gere sentimentos e emoções”. “É mais do que um psicólogo colectivo, também é um bom pai e um bom irmão”, advoga.
Entre os treinos e os jogos, o técnico campeão distrital tem uma pastelaria e é “um homem de casa” que gosta muito de ler – está neste momento a conhecer A Mancha Humana, de Philip Roth –, de ouvir Diana Ross e a grande música de Beethoven. “Gosto de música clássica, porque me toca no ouvido, faz-me arrepiar e dá-me alguma estabilidade emocional. Não consigo explicar porquê, mas sinto-me bem.”
Esta paixão tão erudita não o impede de lembrar com saudade os bailes da juventude, ao som dos brasileiros Roberto Carlos e Nelson Ned, numa altura em que a política o entusiasmava e, por isso, ajudou a fundar a Juventude Socialista no distrito de Beja. Hoje, afligido com o crescente nível da insegurança, é um português preocupado com “o desaparecimento da classe média” e a tendência que põe “os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.
Guiado por esta filosofia, Simão é hoje um dos mais cotados técnicos da região e já soma dois títulos distritais: um no FC Serpa e outro no Castrense. A isso se juntam taças e outras distinções, numa carreira nem sempre fácil, que já o levou aos principais emblemas do Baixo Alentejo.
Tudo começou em 1987 no Santa Vitória, pequeno clube do concelho de Beja que conseguiu impulsionar para o “Distritalão”. Ervidel, Cuba, Ferreira, Aljustrel, Serpa e Castro Verde já acolheram o seu trabalho, mas foi em Beja que teve a grande oportunidade de dar o salto. Depois de nas jornadas iniciais ajudar José Torres, na II Liga de 96/97, acabou por assumir o comando da equipa e deu provas de competência. Mas as incompatibilidades com o presidente, José António Chalaça, não permitiram grande sucesso. “Os jogadores protestaram a minha saída mas não havia relação entre mim e o presidente”, recorda.
Apesar da polémica, Penafiel e Famalicão piscaram-lhe o olho para uma carreira nacional, mas ficar perto da filha num momento complicado “soou muito mais alto”.
Hoje, Carlos Simão é um homem tranquilo. A caminho dos 49 anos, recorda os tempos felizes de uma “infância com dificuldades” no Bairro da Apariça, onde vivia com os pais e dois irmãos, António Simão e José Romão. “A maior riqueza foi a educação que tivemos”, garante.
Essa era a época de Eusébio e, nas “peladas” da sua rua, Carlos Simão mostrava alguma tendência para ser guarda-redes. Carvalho, Costa Pereira e José Henriques eram os seus ídolos e, por isso, tentava imitá-los. Hoje, curiosamente, garante não ter para destacar “um modelo de treinador”. E prefere seguir as suas ideias e dedicar-se aos treinos e aos jogos “como se fossem os primeiros” da sua vida.
Com uma filosofia muito própria, Simão defende que o treinador “é sempre um homem só que, além de ser um gestor de recursos humanos, gere sentimentos e emoções”. “É mais do que um psicólogo colectivo, também é um bom pai e um bom irmão”, advoga.
Entre os treinos e os jogos, o técnico campeão distrital tem uma pastelaria e é “um homem de casa” que gosta muito de ler – está neste momento a conhecer A Mancha Humana, de Philip Roth –, de ouvir Diana Ross e a grande música de Beethoven. “Gosto de música clássica, porque me toca no ouvido, faz-me arrepiar e dá-me alguma estabilidade emocional. Não consigo explicar porquê, mas sinto-me bem.”
Esta paixão tão erudita não o impede de lembrar com saudade os bailes da juventude, ao som dos brasileiros Roberto Carlos e Nelson Ned, numa altura em que a política o entusiasmava e, por isso, ajudou a fundar a Juventude Socialista no distrito de Beja. Hoje, afligido com o crescente nível da insegurança, é um português preocupado com “o desaparecimento da classe média” e a tendência que põe “os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.
Texto retirado do site do "Correio Alentejo"
Ai está um gande treinador alentejano!
ResponderEliminarCarlos Simão, grande amigo, foi militar no RIE de Elvas no ano de 1980.
ResponderEliminarFoi, juntamente com Valente (Académica) guarda redes da 1ª Companhia de Instrução de recrutas, no extinto Quartel do Trem, onde eu era furriel miliciano e desempenhava as funções de treinador da equipa de futebol da Companhia
Um grande abraço para ele e felicidades para a sua vida.
Que grandes tempos !
Que grandes recordações !!
João M. Roma
Olá boa noite.
ResponderEliminarUma das fotos do Carlos Simão, julgo ser retirada de uma foto do plantel do Ginasio de Alcobaça de 1982-83, como sou adepto e simpatizante deste clube gostava muito de ter a digitalização dessa foto, será que é possível? obrigado.
Bom técnico
ResponderEliminarL.F.
Por casualidade e através de um amigo vim parar a este magnifico blog pois recordar é viver e foi com uma agradada nostalgia e prazer que reparei no comentário do João M. Roma.
ResponderEliminarBelos tempos,tempos de juventude e de grande amizade.
Um abraço do sempre amigo,Carlos Simão.
Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas os seus ecos são efectivamente infinitos, como infinitas são as recordações que guardo desses tempos.
ResponderEliminarFiquei muito feliz pelas palavras gratas do Carlos Simão.
Um abraço.
Sempre amigo
João M. Roma
Olá Carlos Simão
ResponderEliminarGostava de falar consigo...
jm5psc@hotmail.com
Obrigado
Miguel Luís